SP (11) 3596-6652 - CE (85) 4042-5666

WhatsApp (11) 5196-4566

Consultórios em SP e CE

+ Telemedicina

Redes Sociais
fratura por estresse

Fratura por Estresse

Uma fratura por estresse é uma fenda muito pequena no osso que pode acontecer devido a traumas repetitivos e é comumente visto em atletas – especialmente em corredores de longa distância. Geralmente, o tratamento para a fratura por estresse envolve repouso enquanto o osso cicatriza e alteração do nível de atividade para evitar outra lesão.

A fratura por estresse já foi conhecida como um problema apenas de atletas de alta eficiência ou militares, devido aos exercícios intensos que ambos os grupos precisam fazer e incrementar em suas rotinas.

Entretanto, cada vez mais estas fraturas tem se tornado recorrente no dia-a-dia do cidadão comum, causando desconforto e impedindo que as pessoas levem sua rotina de maneira normal.

Elas costumam ocorrer em situações de uso intenso excessivo. Quando algum atleta – especialmente corredores – realiza exercícios de alta intensidade por longos períodos de tempo, fadiga os músculos ao ponto de estes não conseguirem mais dar sustentação ao movimentos naturais do corpo.

Os músculos fadigados, então, param de suportar o peso do corpo e o realoca nos ossos, que ficam sobrecarregados, gerando a chamada fratura por estresse.

Além disso, a prática de esporte sem o acompanhamento de um profissional de educação física qualificado também pode resultar em fratura por estresse.

Isso porque, sem a supervisão de uma pessoa qualificada para a função, é comum que os atletas exerçam técnicas erradas que acabam por sobrecarregar a musculatura, gerando também estresse para os ossos e especialmente, articulações.

Além disso, o profissional de educação física ajuda a definir a intensidade de atividade a qual o indivíduo está apto, de modo que não seja realizado exercício em excesso, protegendo a musculatura do estresse de fadiga extrema.

A mudança brusca de localidade onde os exercícios são realizados e o uso de calçado inadequado também podem aumentar o impacto que os ossos e músculos precisam absorver durante o processo do exercício físico, aumentando o estresse e a fadiga.

As fraturas também são comuns em situações de corridas em áreas de declive (descida) porque o impacto costuma ser maior para as articulações do joelho e pés. Questões de alimentação também podem apresentar-se como fatores de risco para lesões por estresse: a falta de cálcio enfraquece o osso, e o consumo de alimentos muito ácidos e ricos em açucares, como os refrigerantes, também favorecem o desgate dos ossos e articulações, tornando-os mais frágeis e susceptíveis a fraturas.

Estes fatores podem ser encaixados como fatores circunstanciais ou ambientais e desempenham um importante papel no processo de fratura por estresse. Além destes, há também os fatores intrínsecos de cada pessoa e que também podem ser responsáveis por facilitar o acontecimento dos processos de lesionamento.

Por exemplo, atletas mais velhos podem ter problemas de densidade óssea subjacentes, como osteoporose. O osso já enfraquecido desenvolverá uma reação de estresse e/ ou fratura mais cedo do que o osso saudável.

A massa que cada pessoa têm – IMC (Índice de Massa Corpórea), pode representar um agravante para as lesões, sendo que ambas as extremidades são ruins. Pessoas com IMC abaixo do ideal podem apresentar ossos enfraquecidos devido a subnutrição e pessoas com IMC acima de ideal sobrecarregam os ossos, músculos e articulações com mais peso do que estes podem suportar, facilitando o acontecimento de fratura por estresse, especialmente quando realizam atividades físicas mais intensas.

A anatomia de cada pessoa também pode apresentar-se como um fator de risco, tendo em vista que pés com anatomia diferente podem ter uma pisada errada, absorvendo o impacto e peso de maneira inadequada, insuficiente ou transferindo o impacto para articulações, o que representam um grande risco de lesionamento.

As fraturas por estresse, diferentemente das fraturas agudas causadas por traumas, começam como uma pequena dor localizada na região da fissura. Os sintomas podem ser confundidos com outros problemas de saúde e muitas vezes, passam desapercebidos.

Para isso, é preciso estar atento se você apresentar:

  • Dor profunda, que difere da dor muscular por localizar-se mais internamente nos membros;
  • Dor que aparece na atividade física e desaparece com repouso;
  • Fraqueza ou perda de desempenho físico ao realizar atividades que antes eram feitas com máxima performance;
  • Dor que evoluí para momentos além da atividade física;
  • Dor que piora à noite ou no frio;
  • Dor que começa uma semana após o início das atividades físicas.

Tratamento Fratura Por Estresse

A fratura por estresse raramente necessita de intervenção cirúrgica, mas caso os sintomas piorem, pode ser necessário tratamentos mais agressivos.

Comumente, repouso e uso de anti-inflamatórios não esteróides, acompanhados de alimentação saudável podem ser o suficiente para a recuperação.

Evitar situações intrínsecas também é importante. A perca de peso pode ser recomendado para pessoas com IMC acima do ideal, para aliviar o peso nas articulações, ossos e musculatura e a alimentação rica em nutrientes pode ser útil para pessoas que estão abaixo do seu IMC adequado.

O médico ortopedista especialista é necessário para avaliar qual a melhor forma de tratamento e quais as mudanças necessárias no estilo de vida do paciente para evitar que a fratura por estresse se torne recorrente, recomendando tratamentos e também equipamentos de correção de pisada, como palmilhas e sapatos ortopédicos.

O acompanhamento de um profissional de educação física durante a prática de exercícios também é necessário para assegurar a correta execução das atividades, bem como a intensidade adequada.

Saiba mais entrando em contato conosco.

Referências Bibliográficas

ASTUR, Diego Costa et al. Stress fractures: definition, diagnosis and treatment. Rev. bras. ortop., São Paulo, v.51, n.1, p.3-10, Feb. 2016.
LUCIANO, Alexandre de Paiva et al . Segmental Stress Fracture of Tibia in Recreational Running: A Case Report. Rev. bras. ortop., São Paulo, v.48, n.6, p.574-577, Dec. 2013.
RESTREPO, Juan Pablo; MOLINA, María del Pilar. Monoartritis aguda de rodilla como manifestación de fractura por estrés del platillo tibial. Rev.Colomb.Reumatol., Bogotá, v.18, n.4, p.317-320, Oct. 2011.